25/11/2021

Imóveis, a mais antiga categoria de ativos, continuam a dominar a riqueza moderna

Uma nova pesquisa do McKinsey Global Institute, que acompanha os balanços de dez países que representam 60% da renda mundial (Alemanha, Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, França, Japão, México, Reino Unido e Suécia), constatou que dois terços do patrimônio líquido estão estacionados em imóveis comerciais, residenciais e governamentais, e em terrenos.  Os autores acreditam que a queda das taxas de juros tenha desempenhado papel decisivo em elevar os preços dos ativos de toda ordem, mas especialmente os dos imóveis. A oferta restrita de terrenos, questões de zoneamento e os mercados de habitação excessivamente regulamentados também ajudaram a empurrar os preços a uma alta.

Se considerarmos que investimentos em infraestrutura, equipamento industrial, maquinaria e ativos intangíveis são o que de fato propele a produtividade e a inovação, estamos diante de uma má notícia. Com a exceção da China e do Japão, os ativos não imobiliários hoje respondem por uma proporção mais baixa dos ativos totais nos 10 países pesquisados, com relação a 20 anos atrás.

A habitação de preço acessível, especialmente, se tornou um grito de guerra para a geração milênio, que não tem como comprar casas e iniciar famílias tão cedo quanto acontecia em gerações anteriores. Isso, por sua vez, gera ventos adversos para o crescimento do consumo, porque faz com que os integrantes dessa geração não comprem todas as coisas que comprariam para colocar em uma casa.

Por mais que se fale de blockchain, criptomoedas e big data, é bastante surpreendente que, no século, 21 a riqueza ainda resida na mais antiga das categorias de ativos: a dos tijolos e cimento.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

Imóveis, a mais antiga categoria de ativos, continuam a dominar a riqueza moderna

PorAssessoria de imprensa

Atualizado em 25/11/2021 às 09:38